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19/08/2025
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Unipar e Braskem negociam: UNIP6 e BRKM5 disparam na B3

Unipar negocia a compra de ativos da Braskem. UNIP6 e BRKM5 reagem com disparada na B3, refletindo otimismo do mercado.

Mercado reage a possível aquisição de ativos da petroquímica

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A disputa pelos ativos da Braskem, um dos temas mais aquecidos no mercado financeiro, ganhou um novo fôlego com a confirmação oficial de que a Unipar iniciou conversas para uma potencial transação. Em comunicados separados, ambas as petroquímicas anunciaram que estão sob um acordo de confidencialidade para avaliar a viabilidade da compra de "ativos e/ou participações societárias", desencadeando uma forte reação no pregão da B3. As ações da Unipar (UNIP6) e da Braskem (BRKM5) registraram expressivas altas, refletindo o otimismo dos investidores com o desfecho da negociação.

O movimento da Unipar não é uma novidade. O histórico de interesse da companhia pela Braskem remonta a 2023, quando apresentou uma proposta não vinculante para adquirir o controle da rival, avaliada em R$ 10 bilhões. A retomada das negociações, no entanto, ocorre em um momento estratégico para a Braskem, que tem buscado formas de reduzir seu endividamento e otimizar suas operações. A empresa, que enfrenta desafios operacionais e resultados financeiros pressionados, está executando um "Programa de Resiliência e Transformação" que inclui a avaliação de venda de ativos.

Embora as conversas estejam em fase inicial e não haja definição sobre quais ativos seriam negociados, o mercado já especula sobre o futuro da petroquímica. Propostas anteriores consideraram a venda da participação majoritária controlada pela Novonor (ex-Odebrecht) e pela Petrobras. A própria presidente da Petrobras, Magda Chambriard, confirmou ter sido "surpreendida" pelas notícias da negociação, reforçando a complexidade do cenário de acionistas da Braskem.

Para a Unipar, a potencial aquisição representa um movimento estratégico para expandir sua atuação e consolidar sua posição no setor químico. Já para a Braskem, a transação pode ser a alavanca necessária para fortalecer seu caixa e reverter o cenário de prejuízo e geração de caixa operacional negativa, conforme revelado em balanços recentes. O desfecho das negociações promete ser um dos principais eventos do mercado corporativo, com impactos significativos para o futuro de ambas as empresas e para a dinâmica da indústria petroquímica brasileira.

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